Custo Beneficio do Sequestro de CO2
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Custo Beneficio do Sequestro de CO2
O preço da tecnologia
Há muitos desafios no desenvolvimento do sequestro de gás carbônico -
tecnologia limpa que Eike Batista popularizou ao defender as
termelétricas a carvão no lugar de usinas nucleares.
Cálculos da Coppe/UFRJ mostram que uma termelétrica adaptada para a
nova tecnologia - que consegue absorver o CO² que é liberado com
outros gases na queima do carvão - vai gerar uma energia, por ora, com
o dobro do preço.
Numa usina sem a tecnologia do sequestro do gás causador do efeito
estufa, o custo de geração de energia é de US$ 80 o megawatt/hora.
Numa usina adaptada, pula para US$ 150 a US$ 160, explica o professor
de planejamento energético da Coppe, Alexandre Szklo. Para conseguir
captar 90% do CO², têm de ser usados 30% da energia gerada pela
termelétrica. E há o próprio gasto na unidade de absorção do CO². Há
outras questões a vencer. Nas termelétricas com captura, a demanda por
água é 60% a 80% maior.
O processo gera ainda duas mil toneladas por ano de resíduos, como
sais orgânicos, que têm de ser tratados. A captura de CO² em usinas
transformadas ainda é feita em pequena escala no mundo, e no Brasil é
Eike quem estuda. Para construir uma termelétrica do zero com a nova
tecnologia, o custo será menor. O carvão será gaseificado (processo
ainda não totalmente dominado), e a captura do CO² será feita antes da
combustão, de forma mais simples. O MWh sairia por US$ 100.
Uma curiosidade: cinzas emitidas por uma termelétrica (a queima
"potencializa" o urânio e o tório contidos no carvão) têm 100 vezes
mais radiação do que o que sai naturalmente de uma usina nuclear. Está
em reportagem de 2007 da revista Scientific American. Para ninguém se
assustar: os níveis em ambos os casos são inofensivos.
(Coluna Negócios & Cia - O Globo)
tecnologia limpa que Eike Batista popularizou ao defender as
termelétricas a carvão no lugar de usinas nucleares.
Cálculos da Coppe/UFRJ mostram que uma termelétrica adaptada para a
nova tecnologia - que consegue absorver o CO² que é liberado com
outros gases na queima do carvão - vai gerar uma energia, por ora, com
o dobro do preço.
Numa usina sem a tecnologia do sequestro do gás causador do efeito
estufa, o custo de geração de energia é de US$ 80 o megawatt/hora.
Numa usina adaptada, pula para US$ 150 a US$ 160, explica o professor
de planejamento energético da Coppe, Alexandre Szklo. Para conseguir
captar 90% do CO², têm de ser usados 30% da energia gerada pela
termelétrica. E há o próprio gasto na unidade de absorção do CO². Há
outras questões a vencer. Nas termelétricas com captura, a demanda por
água é 60% a 80% maior.
O processo gera ainda duas mil toneladas por ano de resíduos, como
sais orgânicos, que têm de ser tratados. A captura de CO² em usinas
transformadas ainda é feita em pequena escala no mundo, e no Brasil é
Eike quem estuda. Para construir uma termelétrica do zero com a nova
tecnologia, o custo será menor. O carvão será gaseificado (processo
ainda não totalmente dominado), e a captura do CO² será feita antes da
combustão, de forma mais simples. O MWh sairia por US$ 100.
Uma curiosidade: cinzas emitidas por uma termelétrica (a queima
"potencializa" o urânio e o tório contidos no carvão) têm 100 vezes
mais radiação do que o que sai naturalmente de uma usina nuclear. Está
em reportagem de 2007 da revista Scientific American. Para ninguém se
assustar: os níveis em ambos os casos são inofensivos.
(Coluna Negócios & Cia - O Globo)
Texto de Marcelo Honório
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