[Notícias] Florestas são estratégia viável para sequestro de carbono
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[Notícias] Florestas são estratégia viável para sequestro de carbono
Fonte:Terra
15 de julho de 2009
As tecnologias de sequestro de carbono serão fundamentais para que o mundo consiga reduzir ou pelo menos estabilizar a quantidade de dióxido de carbono(CO2) um dos gases que intensificam o efeito estufa e aceleram o aquecimento global - na atmosfera. De acordo com o professor do Instituto de Altos Estudos da Universidade de São Paulo (USP) Luiz Gylvan Meira, entre as tecnologias disponíveis atualmente, o reflorestamento é a mais viável e de mais fácil aplicação no curto prazo, o que coloca o Brasil em vantagem no cenário internacional.
O pesquisador comparou a estabilização de carbono na atmosfera a um grande tanque de água em que para manter o nível constante é preciso fechar a torneira cortar as emissões de gases estufa ou aumentar o ralo que seriam os sumidouros de carbono.
"Não há uma maneira fácil de fazer isso, em que você abra a lista telefônica e encontre empresas que façam o sequestro", disse nesta quarta-feira durante conferência na 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Meira apresentou as diversas possibilidades técnicas de sequestro de carbono, a maioria ainda em processo de pesquisa e desenvolvimento. A opção mais viável atualmente, segundo o especialista, é a captura por florestamento ou reflorestamento, aproveitando a capacidade natural que as plantas têm de absorver carbono, por meio da fotossíntese.
"A técnica que se sabe fazer melhor até agora é o plantio de árvore. Há uma experiência boa. E o Brasil tem grande potencial com ações de florestamento e reflorestamento, de florestas comerciais e de nativas também."
Outra possibilidade que já tem apresentado resultados positivos em testes é o que a ciência chama de "fertilização de oceanos". A ideia é espalhar ferro nos oceanos para estimular o crescimento de algas e plantas microscópicas o chamado fitoplâncton , que assim como a vegetação da superfície também realiza fotossíntese e retira carbono na atmosfera.
No entanto, segundo Gylvan Meira, ainda há dúvidas sobre o destino do carbono dentro dos oceanos. "Faltam alguns experimentos para ver se o carbono realmente afunda, o que essencial". Caso contrário, todo o CO2 sequestrado poderia voltar para a atmosfera por causa da movimentação das correntes marítimas.
Um dos principais entraves para a implantação de tecnologias de captura de carbono é o custo dos projetos. Meira calcula que para retirar uma tonelada de CO2 são necessários, em média, R$ 140, quase o dobro do valor pago pela mesma quantidade no mercado de carbono. Ou seja, como o custo é maior que o lucro que pode ser obtido com a venda dos créditos de carbono, o sequestro ainda não é um negócio lucrativo do ponto de vista econômico.
"Para baixar o preço tem que ter escala grande. Precisa de apoio do governo, alguém precisa pagar isso", defendeu.
15 de julho de 2009
As tecnologias de sequestro de carbono serão fundamentais para que o mundo consiga reduzir ou pelo menos estabilizar a quantidade de dióxido de carbono(CO2) um dos gases que intensificam o efeito estufa e aceleram o aquecimento global - na atmosfera. De acordo com o professor do Instituto de Altos Estudos da Universidade de São Paulo (USP) Luiz Gylvan Meira, entre as tecnologias disponíveis atualmente, o reflorestamento é a mais viável e de mais fácil aplicação no curto prazo, o que coloca o Brasil em vantagem no cenário internacional.
O pesquisador comparou a estabilização de carbono na atmosfera a um grande tanque de água em que para manter o nível constante é preciso fechar a torneira cortar as emissões de gases estufa ou aumentar o ralo que seriam os sumidouros de carbono.
"Não há uma maneira fácil de fazer isso, em que você abra a lista telefônica e encontre empresas que façam o sequestro", disse nesta quarta-feira durante conferência na 61ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC).
Meira apresentou as diversas possibilidades técnicas de sequestro de carbono, a maioria ainda em processo de pesquisa e desenvolvimento. A opção mais viável atualmente, segundo o especialista, é a captura por florestamento ou reflorestamento, aproveitando a capacidade natural que as plantas têm de absorver carbono, por meio da fotossíntese.
"A técnica que se sabe fazer melhor até agora é o plantio de árvore. Há uma experiência boa. E o Brasil tem grande potencial com ações de florestamento e reflorestamento, de florestas comerciais e de nativas também."
Outra possibilidade que já tem apresentado resultados positivos em testes é o que a ciência chama de "fertilização de oceanos". A ideia é espalhar ferro nos oceanos para estimular o crescimento de algas e plantas microscópicas o chamado fitoplâncton , que assim como a vegetação da superfície também realiza fotossíntese e retira carbono na atmosfera.
No entanto, segundo Gylvan Meira, ainda há dúvidas sobre o destino do carbono dentro dos oceanos. "Faltam alguns experimentos para ver se o carbono realmente afunda, o que essencial". Caso contrário, todo o CO2 sequestrado poderia voltar para a atmosfera por causa da movimentação das correntes marítimas.
Um dos principais entraves para a implantação de tecnologias de captura de carbono é o custo dos projetos. Meira calcula que para retirar uma tonelada de CO2 são necessários, em média, R$ 140, quase o dobro do valor pago pela mesma quantidade no mercado de carbono. Ou seja, como o custo é maior que o lucro que pode ser obtido com a venda dos créditos de carbono, o sequestro ainda não é um negócio lucrativo do ponto de vista econômico.
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