Experimentação em sala de aula

Como devido a manutenção esse tópico foi apagado, estou postando novamente o mesmo.

Aqui um video de um professor americano (Dr.Steven Wood) fazendo um "show de mágica química", o cara dança, pula, tenta chamar a atenção ao máximo, porém penso que a intenção era de apresenação apenas e não de uma aula.




A partir disso, me digam o que pensam sobre:

1 - Experimentação em sala de aula, motiva? não motiva? é válida?

2 - Experimentos químicos ao estilo show de mágica já o influenciaram de alguma maneira?

Mano li o email e não me senti ofendido não, essas coisas acontecem nos servidores.

Respondendo novamente:

1 - Experimentos em aula nunca me motivaram por isso eu digo não.

2 - Um show de química influência bem menos que um show de mágica comum, já viu alguém querendo ser químico após assistir a um?

é válida se bem trabalhada com o conteúdo.

Concordo contigo, André! Por ter data no início do vídeo, também aposto que isso foi uma apresentação e não uma aula.

1 - Eu gosto de pensar que pode motivar. Não creio que todas as vezes que se trabalhe um experimento em sala de aula 100% dos alunos irão se motivar. Isso vai depender da forma que ele for trabalhado, da estética dele, da novidade que ele trás consigo, da relação aluno-professor-aluno... e por ai vai!
2 - Como eu vou responder isso... Eu nunca tive a oportunidade de assistir uma aula/apresentação dessas. Porém, antes de optar pelo curso de Química Licenciatura (quando a Matemática ainda me encantava) eu assisti a alguns vídeos parecidos e achei bem legal, e o mais importante: despertou a minha curiosidade. Lembro que eu fiquei aflito com um experimento de fluorescência, eu realmente queria entender como “aquilo” funcionava. A curiosidade e um casal de ótimos professores de Química foram o que me levaram a escolher Química. Sendo assim, uma forma de despertar curiosidade (talvez até mesmo de motivar), acredito sim que esse tipo de apresentação possa ser interessante.

Bom, aula experimental é válida se for bem planejada e orientada. Como em qualquer situação, não vai causar impacto em todos os presentes, mas é um bom modo de explicitar conceitos.
Não é do meu estilo e da minha forma de ver o magistério, a química show. Acredito que experimentos devem ser realizados de forma a levar o educando a reflexão, não como forma de diversão. O que não significa q eles não possam ser agradáveis.
Bom, as aulas experimentais q tive foram dentro da universidade. Antes, nunca havia assistido a nenhuma, então, o q me levou a gostar e me interessar por química com certeza não foi nenhum experimento. Nem show, nem convencional, foram simplesmente aquelas aulas téóricas em q os professores tentavam buscar exemplos do cotidiano para exemplificar conceitos.

Eu penso que a experimentação na sala de aula motiva os alunos, pois eles adoram quando conseguem ver na prática o que foi dito na teoria, portanto acho que é válida. Deve ser usada de maneira que facilite o entendimento do conteúdo e não como um show de mudança de cores, sem se quer explicar o porque do que esta acontecendo. Abraços

Posso estar errada mas achei humilhante para o professor, uma pessoa que estuda a vida inteira não tem que ficar em aula fazendo palhaçada pra uma geração que não se preocupa nem com o próprio ambiente em que vive.

Salas de Aula não são circos, nunca fui motivada por "palhaçada" e sim por professores de verdade. Apaixonada por MATEMÁTICA decidi por química por ter uma boa professora que aproximava a química da realidade.
P.S Depois que entrei na faculdade isso ficou mais desprezível, os alunos gostam, porem apenas na hora depois criticam dizendo que o professor fica enrolando a aula.

Logo não concordo com esse metodo o professor finge que ensina a gente finge que aprende etodo mundo passa feliz!

Bom de ante mão deixarei bem claro! não estudo química, mais aprecio a disciplina, juntamente com física quântica!

embora muitos aqui achem o método didático utilizado pelo professor inoportuno para o ensino desta disciplina, ou que sala de aula não é um circo. Dados da UNESCO e da sociedade brasileira de psicologia social ABRAPSO a interação de professor e aluno influencia na assimilação de conteúdo,e ajudam com pessoas com déficit de aprendizagem, ou seja os métodos que utilizam da aproximação discente-docente são mais eficazes do que métodos convencionais (professor com cara de poucos amigos...falando,falando, falando.....)

Bom é bem verdade que este fórum se trata de química, mais quem vos fala é um humilde estudante de Psicologia da Universidade Federal de Goiás, que gosta de expressar suas opiniões acerca da educação e de possíveis métodos para melhorá-la.

Todos são bem vindos aqui e toda opinião é sempre valida.

Muito legal essa proposta de, via perguntas, problematizar algo tão significativo do ponto de vista da Educação Química!

Tentando ser objetivo em relação a provocação das perguntas, diria que me agrada mais uma situação de equilíbrio em relação ao que o vídeo nos apresenta. Vamos supor (essa informação não está, pelo menos, disponível) que o “show” seja apenas ponto de partida (já que o ambiente que aparece é uma sala de aula) para um conjunto de atividades a serem propostas ao final da “apresentação”, tais como:
- produção escrita, narrando o impacto provocado pelos experimentos e possíveis conexões com situações já vividas nas histórias de vida de cada um dos expectadores;
- elaboração, individual, de pelo menos três questões e/ou dúvidas em relação ao que estaria acontecendo nos experimentos;
- conexão, partindo da descrição do que viu, com algum conceito químico já estudado ou que tenha curiosidade em estudar;
- contar uma história (inventada ou não), ou escrever um poema, ou..., que represente o modo como cada um percebe a Química e suas relações com Ambiente, Ciência, Tecnologia e Sociedade;
- etc etc.
Nesse caso, considero válido o que foi apresentado.

Mas considerando que tudo se encerrasse ali, apenas um show....
Fiquei lendo os depoimentos e achei muito interessante esse movimento de não unanimidade, em que bons argumentos sustentam prós e contras. Como professor de Química há muitos anos, o modo como percebo, hoje, a experimentação, é bem diferente daquele quando comecei a dar aulas de Química Geral em 1979. Desde a aposta de que aulas experimentais resolveriam os problemas da aprendizagem de conceitos químicos, passando pela equivocada idéia de que primeiro vemos a teoria e depois mostramos o experimento (para comprovar que o que falamos está certo!), até a situação atual, em que aposto na atividade experimental como uma das possibilidades, ou mesmo ponto de partida, para construção de saberes mais complexos no âmbito do conhecimento químico.
Se foi apenas um show...
... então que não seja apenas mais um, nas (na)danças da vida.
Que sirva para o deboche ou mesmo para a crítica inteligente...
...às aulas em que quadro, giz e cuspe sejam os únicos recursos.
Que ajude o questionamento...
...ao uso do livro didático apenas como bengala,
para atividades restritas à cópia e memorização de fórmulas,
que não considerem que há poesia, música, encantamentos, tristezas,
ambiente degradado, tratamento de doenças, ferormônios, enfim,
uma infinidade de coisas que estão na Química,
porque a vida é Química!
...e a morte também!
Um grande abraço!