[Notícias] Conselho Nacional aprova fim da divisão por disciplinas no ensino médio.
3 participantes
Página 1 de 1
[Notícias] Conselho Nacional aprova fim da divisão por disciplinas no ensino médio.
A proposta do Ministério da Educação (MEC) de flexibilizar o currículo do ensino médio e eliminar a divisão em disciplinas do currículo foi aprovada pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) nesta terça-feira (30).
O MEC pretende apoiar experiências curriculares inovadoras no ensino médio. Segundo a assessoria de imprensa do ministério, a partir de 2010, cerca de cem escolas deverão receber financiamento do ministério para implantar mudanças curriculares, que passariam a ser interdisciplinares e mais flexíveis, na tentativa de melhorar a qualidade da educação.
A atual estrutura deve ser substituída pela organização dos conteúdos em quatro eixos: trabalho, ciência, tecnologia e cultura, com o objetivo que o conteúdo ganhe maior relação com o cotidiano e faça mais sentido para os alunos. O objetivo da mudança é atrair o interesse do estudante de ensino médio, área crítica da educação .
Outra mudança a ser estimulada é a flexibilidade do currículo: 20% da grade curricular deve ser escolhida pelo aluno.
O texto também prevê o aumento da carga horária mínima do ensino médio – de 2,4 mil horas anuais para 3 mil – além do foco na leitura, que deve perpassar todos os campos do conhecimento. A proposta ainda estimula experiências que instiguem a participação social dos alunos, além do desenvolvimento de atividades culturais, esportivas e de preparação para o mundo do trabalho.
Nos próximos 40 dias, o MEC deverá definir o volume de recursos disponível para o programa e a forma de financiamento, se diretamente à escola ou se por meio de convênio com as secretarias estaduais.
Fonte:Globo.com
O MEC pretende apoiar experiências curriculares inovadoras no ensino médio. Segundo a assessoria de imprensa do ministério, a partir de 2010, cerca de cem escolas deverão receber financiamento do ministério para implantar mudanças curriculares, que passariam a ser interdisciplinares e mais flexíveis, na tentativa de melhorar a qualidade da educação.
A atual estrutura deve ser substituída pela organização dos conteúdos em quatro eixos: trabalho, ciência, tecnologia e cultura, com o objetivo que o conteúdo ganhe maior relação com o cotidiano e faça mais sentido para os alunos. O objetivo da mudança é atrair o interesse do estudante de ensino médio, área crítica da educação .
Outra mudança a ser estimulada é a flexibilidade do currículo: 20% da grade curricular deve ser escolhida pelo aluno.
O texto também prevê o aumento da carga horária mínima do ensino médio – de 2,4 mil horas anuais para 3 mil – além do foco na leitura, que deve perpassar todos os campos do conhecimento. A proposta ainda estimula experiências que instiguem a participação social dos alunos, além do desenvolvimento de atividades culturais, esportivas e de preparação para o mundo do trabalho.
Nos próximos 40 dias, o MEC deverá definir o volume de recursos disponível para o programa e a forma de financiamento, se diretamente à escola ou se por meio de convênio com as secretarias estaduais.
Fonte:Globo.com
PROPOSTA DO MEC PARA DESFRAGMENTAÇÃO DO CURRÍCULO
Primeiramente é preciso dizer que a iniciativa é louvável! Flexibilização do currículo, foco na leitura, estímulo à participação social são aspectos que vão ao encontro de manifestações (e ações!) no sentido uma Escola melhor.
Penso que o fato de ser um documento do MEC aponta para um “afinamento” de iniciativas em que, para além do discurso, encontramos coerência, por exemplo, com a proposta de mudança no Vestibular, estimulando via ENEM um movimento de desfragmentação do currículo, ou mesmo com o financiamento de projetos como o PIBID, focado na formação inicial e continuada de professores num processo que favorece parcerias entre escolas e universidades.
Por outro lado considero interessante problematizarmos alguns termos que aparecem no documento e seus possíveis significados. Um deles é “preparar para o mundo do trabalho”. O que significa a escola “preparar para o mundo do trabalho”? Que “mundo” seria esse? Esse termo, freqüente no âmbito das escolas técnicas, tem sido questionado por conta do vínculo com um “mercado” regido por interesses em mão de obra mais “qualificada”.
Nesse sentido, será que na Escola não se deveria justamente problematizar este “mundo do trabalho”? Voltada à constituição de sujeitos inseridos num mundo cada vez mais complexo, é justamente na Escola que podemos (e devemos!) problematizar o modelo insustentável de produção que degrada não apenas o ambiente “natural”, mas via degradação social também produz uma legião de excluídos.
Também teria as questões da interdisciplinaridade e da “maior relação com o cotidiano”, mas este texto já está muito longo e deixo, caso a discussão flua por aqui, para outro momento.
Um abraço!
Penso que o fato de ser um documento do MEC aponta para um “afinamento” de iniciativas em que, para além do discurso, encontramos coerência, por exemplo, com a proposta de mudança no Vestibular, estimulando via ENEM um movimento de desfragmentação do currículo, ou mesmo com o financiamento de projetos como o PIBID, focado na formação inicial e continuada de professores num processo que favorece parcerias entre escolas e universidades.
Por outro lado considero interessante problematizarmos alguns termos que aparecem no documento e seus possíveis significados. Um deles é “preparar para o mundo do trabalho”. O que significa a escola “preparar para o mundo do trabalho”? Que “mundo” seria esse? Esse termo, freqüente no âmbito das escolas técnicas, tem sido questionado por conta do vínculo com um “mercado” regido por interesses em mão de obra mais “qualificada”.
Nesse sentido, será que na Escola não se deveria justamente problematizar este “mundo do trabalho”? Voltada à constituição de sujeitos inseridos num mundo cada vez mais complexo, é justamente na Escola que podemos (e devemos!) problematizar o modelo insustentável de produção que degrada não apenas o ambiente “natural”, mas via degradação social também produz uma legião de excluídos.
Também teria as questões da interdisciplinaridade e da “maior relação com o cotidiano”, mas este texto já está muito longo e deixo, caso a discussão flua por aqui, para outro momento.
Um abraço!
Moacir- Mensagens : 4
Pontos : 4
Reputação : 0
Data de inscrição : 14/07/2009
Idade : 71
Localização : Rio Grande - RS
Re: [Notícias] Conselho Nacional aprova fim da divisão por disciplinas no ensino médio.
Estudei as 12 disciplinas "enciclopédicas" e nunca perdi o interesse pela escola, será que o problema da falta de interesse do aluno pela escola é a divisão dos contéudos?
Quem é o espelho de profissional da nossa garotada?
Seriamos nós professores, cientistas famosos, médicos competentes, engenheiros, farmacêuticos brilhantes, escritores famosos, é claro que não, a resposta correta seria, Ronaldinhos, Robinhos, Romários, Giseles, não estou desmerecendo estes profissionais, mas todos sabem que a maioria não completou o ensino médio, então ir para escola "praquê"?. A imagem destes profissionais e suas vidas são extremamente exploradas pelos meios de comunicação em massa (TV e internet), eles acabam sendo o espelho de como vencer na vida, e a escola não faz parte deste caminho.
Quem é o espelho de profissional da nossa garotada?
Seriamos nós professores, cientistas famosos, médicos competentes, engenheiros, farmacêuticos brilhantes, escritores famosos, é claro que não, a resposta correta seria, Ronaldinhos, Robinhos, Romários, Giseles, não estou desmerecendo estes profissionais, mas todos sabem que a maioria não completou o ensino médio, então ir para escola "praquê"?. A imagem destes profissionais e suas vidas são extremamente exploradas pelos meios de comunicação em massa (TV e internet), eles acabam sendo o espelho de como vencer na vida, e a escola não faz parte deste caminho.
McDreamy- Mensagens : 8
Pontos : 10
Reputação : 0
Data de inscrição : 07/07/2009
Idade : 43
Localização : Mato Grosso
Tópicos semelhantes
» [Atividade 4/06/2012] CONTEXTUALIZAÇÃO DO ENSINO DE QUÍMICA: MOTIVANDO ALUNOS DE ENSINO MÉDIO
» Ética e Autonomia : A Visão de um Professor do Ensino Médio
» Afinal, o que é Nanociência e Nanotecnologia? Uma Abordagem para o Ensino Médio
» Professores com dificuldade de dar aula e fazer avaliações no 2º ano do ensino médio.
» ANÁLISE E APLICAÇÃO DE PROPOSTAS DE ENSINO E DE EXPERIMENTOS, SEGUNDO OS MATERIAIS DIDÁTICOS DE QUÍMICA
» Ética e Autonomia : A Visão de um Professor do Ensino Médio
» Afinal, o que é Nanociência e Nanotecnologia? Uma Abordagem para o Ensino Médio
» Professores com dificuldade de dar aula e fazer avaliações no 2º ano do ensino médio.
» ANÁLISE E APLICAÇÃO DE PROPOSTAS DE ENSINO E DE EXPERIMENTOS, SEGUNDO OS MATERIAIS DIDÁTICOS DE QUÍMICA
Página 1 de 1
Permissões neste sub-fórum
Não podes responder a tópicos
|
|